Evolução
do Grafismo
Desenhando a criança revela
sua natureza emocional e psíquica.
É sua linguagem gráfica, por
meio da qual deixa registradas suas idéias, suas vontades e
fantasias.
É pela evolução do grafismo
que podemos acompanhar as mudanças e os aprimoramentos dos desenhos
da criança.
Por volta de um ano e meio, a
criança já explora o meio à sua volta, imita o que as pessoas
fazem, descobrindo desta forma, que também é capaz de fazer coisas.
Se lhe dermos um lápis e um
papel, ela descobrirá que é capaz de deixar ali, naquele pedaço de
papel sua marca. Ficará surpreendida que, ao repetir o movimento,
mais uma marca surgirá e assim ela agirá com gestos sucessivos
despertando o interesse e o gosto por esta espetacular descoberta. Se
dermos a ela uma caixa de giz, de cera com cores variadas, ela irá
usar cada uma das cores, sem qualquer pretensão de expressar coisa
alguma, apenas repetirá inúmeras vezes este gesto para
certificar-se do domínio sobre o giz ou o lápis, o papel e sobre
seu próprio corpo. É a fase das garatujas.
Na medida em que for
interagindo com o meio, perceberá que pode fazer novos movimentos,
ainda sem qualquer compromisso. Ela irá perceber a relação que
existe entre o movimento e as marcas que deixa. Isto propiciará um
aumento do seu controle sobre a mão. Passarão então a surgir os
movimentos m espirais e caracóis que contribuirão muito para o
aparecimento do primeiro círculo fechado. Isto deverá ocorrer por
volta dos três anos.
Na seqüência, estas
garatujas começam a ganhara nomes e detalhes, como olhos, pernas e
braços e até cabelos. Aqui já começa a existir uma escrita, pois
ela irá desenhar os que estão mais próximos – o pai, a mãe, a
irmã ela mesma e outros. A cor usada para desenhar e pintar não
condiz com a realidade. Nesta fase, a criança ainda está
descobrindo as cores, por isso a necessidade de experimentá-las.
É o momento em que se pode
incentivar a criança em sua linguagem oral, estimulando-a a falar
sobre o que desenhou.
O próximo passo é a
utilização de linhas perpendiculares paralelas, curvas e inclinadas
demonstrando um amadurecimento das suas habilidades. Ela passa da
simples ação para um processamento de idéias do que pensa e do que
ela observa. Os desenhos já começam a significar algo. Eles não
estão somente ali, eles fazem alguma coisa ali.
Quanto mais a linguagem oral
for estimulada nesta fase, melhor será o seu despenho na evolução
de linguagem escrita.
Perto dos cinco anos, ela já
desenha pessoas (inclusive com corpo), porém, soltos como se
estivessem voando.
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