domingo, setembro 17

Evolução do Grafismo




Desenhando a criança revela sua natureza emocional e psíquica.
É sua linguagem gráfica, por meio da qual deixa registradas suas idéias, suas vontades e fantasias.
É pela evolução do grafismo que podemos acompanhar as mudanças e os aprimoramentos dos desenhos da criança.
Por volta de um ano e meio, a criança já explora o meio à sua volta, imita o que as pessoas fazem, descobrindo desta forma, que também é capaz de fazer coisas.
Se lhe dermos um lápis e um papel, ela descobrirá que é capaz de deixar ali, naquele pedaço de papel sua marca. Ficará surpreendida que, ao repetir o movimento, mais uma marca surgirá e assim ela agirá com gestos sucessivos despertando o interesse e o gosto por esta espetacular descoberta. Se dermos a ela uma caixa de giz, de cera com cores variadas, ela irá usar cada uma das cores, sem qualquer pretensão de expressar coisa alguma, apenas repetirá inúmeras vezes este gesto para certificar-se do domínio sobre o giz ou o lápis, o papel e sobre seu próprio corpo. É a fase das garatujas.
Na medida em que for interagindo com o meio, perceberá que pode fazer novos movimentos, ainda sem qualquer compromisso. Ela irá perceber a relação que existe entre o movimento e as marcas que deixa. Isto propiciará um aumento do seu controle sobre a mão. Passarão então a surgir os movimentos m espirais e caracóis que contribuirão muito para o aparecimento do primeiro círculo fechado. Isto deverá ocorrer por volta dos três anos.
Na seqüência, estas garatujas começam a ganhara nomes e detalhes, como olhos, pernas e braços e até cabelos. Aqui já começa a existir uma escrita, pois ela irá desenhar os que estão mais próximos – o pai, a mãe, a irmã ela mesma e outros. A cor usada para desenhar e pintar não condiz com a realidade. Nesta fase, a criança ainda está descobrindo as cores, por isso a necessidade de experimentá-las.
É o momento em que se pode incentivar a criança em sua linguagem oral, estimulando-a a falar sobre o que desenhou.
O próximo passo é a utilização de linhas perpendiculares paralelas, curvas e inclinadas demonstrando um amadurecimento das suas habilidades. Ela passa da simples ação para um processamento de idéias do que pensa e do que ela observa. Os desenhos já começam a significar algo. Eles não estão somente ali, eles fazem alguma coisa ali.
Quanto mais a linguagem oral for estimulada nesta fase, melhor será o seu despenho na evolução de linguagem escrita.

Perto dos cinco anos, ela já desenha pessoas (inclusive com corpo), porém, soltos como se estivessem voando.

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